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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

No calor do Meio dia


Os ventos solares golpeiam meu dorso nu
No calor do meio dia de minha vida
Aos raios ultravioletas sempre fico exposto
Queimando nos significados dessa luz crua
Cada raio é uma palavra de esclarecimento
Na escuridão pesada do meu subsolo existencial
Não posso impedir a luz de tocar minha epiderme
Apesar da minha concreta pigmentação morena
O sol é a luminosa verdade que se derrama
Sobre minhas trevas falsificadas por sorrisos engessados
Como um autômato movido por placas de silício
Vomito meu discurso imparcial e contraditório
Não me comprometo com a lei
Comprometo-me com a consciência
Dela tiro meu proceder e minha agonia
Pois sei que não sou diferente de ninguém
E estou incluído no grupo das sombras
Daqueles que foram banidos
Que são fracos como só eu posso ser
Mas o sol continua a brilhar
E sua luz é como a fogueira da inquisição
A verdade das chamas clama por pessoas a serem imoladas
Para diversão dos que são fortes e louvam o sol e suas verdades.

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