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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

"SENHORES E ESCRAVOS" Assim são divididos os Homens.


Vivemos em uma época apesar de contemporânea, arcaica em toda a sua estrutura, estamos todos a mercê dos ricos e poderosos, eles que detém os meios de produção, nós somos apenas mão de obra barata, escravos do novo milênio. Mas do que há de se espantar? Há milênios a raça humana tem esse tipo de comportamento, os mais fortes escravizando os mais fracos, e acho que sempre vai ser assim, é da própria natureza humana, é só da uma olhada para trás, olhemos para a Rússia, esse país vivia em regime de servidão até pouco tempo, os Czares governavam uma nação onde a sua maioria eram servos, como em um feudo, o povo vivia na miséria. 
Intelectuais niilistas surgiram das camadas mais abastadas da Rússia, a classe média daquela época queria a todo custo acabar com o sistema de governo dos Czares, foram muitos atentados terroristas, com bombas e tudo, conseguiram até balear um Czar. Esses movimentos niilistas tinham como principal objetivo o caos generalizado, não acreditavam em Deus e nem nas instituições políticas de sua época, a vida humana para eles não significava nada, nem a moral estabelecida, só tinham como parâmetros seus próprios desejos egoístas, “Vamos derrubar o Czar e colocar o povo em nossas mãos” era mais ou menos assim que esses homens pensavam, mas veio um novo movimento revolucionário, esse era imbuído de uma ideologia, eles queriam uma sociedade igualitária, onde ninguém era mais rico do que ninguém, basicamente tudo era do estado, do partido comunista, esses caras, liderados por Lênin, mataram o Czar e toda a sua família, tomando o poder com a bandeira do partido comunista.
Bem, pensávamos que realmente ia surgir uma sociedade onde todos fossem iguais, mas, no entanto os lideres do partido criaram uma nova classe privilegiada dentro do país, era a classe dos burocratas que detinham o poder e o povo continuou na mesma miséria, não eram mais servos, mas também não eram livres, tinham que prestar contas de tudo o que faziam ao estado ou ao partido comunista. Daí podemos ver como até esse sistema de governo do partido comunista tinha sua maneira de explorar o povo; pegando emprestada a frase de George Orwell se referindo ao estado totalitário “Somos todos iguais, mas alguns mais iguais que os outros”, era assim que se baseava o sistema de governo comunista. Portanto não há alternativa, sempre viveremos em um mundo de senhores e escravos.

SERÁ QUE O BRASIL MELHOROU?

Dizem por ai que o país está melhorando com a administração do PT, mas está melhorando para quem? Essa é a minha pergunta, porque daqui de baixo eu ainda vejo a situação muito difícil, dizem que estão criando mais oportunidades de emprego, mas não é isso o que eu vejo, só me parece que a dificuldade para se empregar continua a mesma de antes do PT do Lula, a miséria continua a mesma, não houve nem uma reforma no sistema educacional. Sabemos pelos telejornais que o Brasil pagou a divida externa, mas a que preço? Privatizamos quase tudo o que deu para privatizar, da energia elétrica à Vale do Rio Doce, são estrangeiros que lucram com nossas reservas minerais, com as contas de luz e telefone que nós brasileiros pagamos, por falta de uma administração publica competente somos obrigados a entregar nas mãos de empresas privadas essa enorme fonte de renda que é a distribuição de energia elétrica, era um dinheiro que iria encher os cofres públicos que poderia ser usado para desenvolvimento humano dos nossos cidadãos, mas talvez seja melhor assim, porque se esse dinheiro fosse para os cofres públicos, sempre teria um político para meter a mão nesse dinheiro e destiná-lo para qualquer coisa que não fosse em beneficio do povo.
Mas estamos ai em 2012, continuamos a ser desrespeitados como cidadãos por políticas que só beneficiam aos ricos, aos grandes empresários. Os professores são mal pagos, não tem incentivo nem motivação para lecionar, alguns no começo até se empolgam com a profissão, mas com o tempo vão se desiludindo, vendo que seus alunos que em grande parte vem de uma classe social mais baixa, não conseguem assimilar o conhecimento que lhes é passado, não porque pobres sejam burros, mas pelo simples fato de o sistema não deixar essas pessoas crescerem. Geralmente por não ter dinheiro esses alunos tem que largar a escola para trabalhar, outros moram em bairros onde a marginalidade é alta e ficam a mercê das drogas e das más influencias, e ainda há os que têm uma família desestruturada onde os pais têm problemas psicossociais, e não conseguem educar seus filhos de forma que eles sejam direcionados para um caminho que seja mais elevado, para que possam se comportar com o mínimo de civilidade. São esses alunos que os professores têm a responsabilidade de transformar em homens e mulheres de bem, para que possam contribuir com a nossa sociedade.
A culpa não é dos alunos, as próprias escolas são sucateadas, estruturas sem nenhum atrativo, escolas feitas para pobres, sem quase nenhum recurso para melhorarem as aulas, escolas onde o lema é passar o aluno mesmo sem ele ter condições de ir para outra série, há alunos que chegam à oitava série sem saber ler direito, leem, mas não entendem o que leem.
Eu acho que o Brasil não está com essa bola toda que estão cantando por ai, admito que algo foi feito, como o bolsa família, com o programa Universidade para Todos, isso tudo nós vemos na televisão; copa do mundo, olimpíadas, será que isso significa algo? Alguma evolução para a nossa nação?
Tudo indica que o plano deles é deixar o povo o mais ignorante possível para que possa ser manipulado com mais facilidade, desconfia-se que se realmente se fizesse algum esforço por parte do governo para revolucionar a educação do Brasil, talvez sofreríamos alguma represália de alguma eminência parda, de alguma corporação que de certa forma está acima da soberania nacional, alguma corporação que dita as regras que vigoram no país.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

LAMPIÃO



Nunca é  facil escrever, as vezes falta assunto, coloquei essa foto de Lampião para ver se eu tinha alguma inspiração e contasse alguma coisa que sei dele. Nos sertões do Nordeste brasileiro, lá pelo fim do séc. XIX, houve um cabra chamado Lampião, devido a uma briga de familia no interior de pernambuco, ele viria a se tornar cangaceiro. Pelo que sei Lampião ou Virgulino Ferreira da silva morava com sua familia em uma pequena propriedade em Serra Talhada e por causa de uma briga referente há um desaparecimento de um cabrito da propriedade de uma familia vizinha, acusaram a Familia de Lampião de roubo, a intriga foi crescendo até que acabaram por matar algumas pessoas da familia de Virgulino Ferreira da Silva, não sei se foram todas só restando ele, mas o fato é que Lampião era marceneiro, era pobre e agora estava sem a familia por causa desses assassinatos perpetrados pela familia inimiga, Lampião foi atrás de vingança, se juntou mais uns cabra ruim das redondezas e mataram quase a familia toda de seus inimigos, Lampião tinha 18 anos nessa época e depois disso entrou para o cangaço.


sábado, 21 de janeiro de 2012

DIVAGAÇÕES FÚTEIS

As portas do mundo se abriram, elas estão abertas há muito tempo, só que não havíamos notado, e o tempo passou sem que fizéssemos nada para conquistar o nosso espaço, mas hoje na idade da razão acordamos de um sono profundo e queremos recuperar o tempo perdido, pois ainda há tempo para nos recuperarmos.
A realidade desse mundo é muito escrota, não temos uma visão geral do que acontece no mundo, assistimos as noticias que surgem a nossa frente, noticias de assassinatos, de catástrofes naturais, de políticos ladrões que não fazem nada pelo povo além de roubá-lo, ficamos sabendo disso tudo pelos jornais, mas ali bem próximo a sua casa há uma criança de treze anos se prostituindo por uma pedra de crack, ali bem próximo a sua casa tem um homem que vive numa casa em ruínas pedindo pelo amor de Deus que lhe tirem da situação desesperadora em que se encontra, mas, no entanto, ele está só, não em seu sofrimento, mas em seu problema particular. Acho que não deixaremos de ser ignorantes até que percebamos isso que acontece com nossos semelhantes, e digo mais, não deixaremos de ser pessoas ignorantes enquanto ignorarmos as necessidades do próximo. Não podemos esperar que a ajuda venha de cima, quero dizer, que venha dos poderosos, dos donos da situação, pois para eles o interessante é que o povo permaneça na miséria para que não tenha como lutar por seus direitos, pois na miséria também não há educação. E no meio disso tudo ficamos nós da classe C, almejando chegar à classe B, e tentando esquecer da classe D, queremos nos ver bem distantes da miséria, somos pobres que temos aversão à pobres, é como se não houvesse capacidade de comunicação entre as classes sociais; ricos, pobres, classe média, miseráveis, classe média alta, classe média baixa, nossa sociedade está dividida assim, mas não devemos esquecer que a maior parte da população está na miséria e na pobreza.
Mas porque começamos a falar disso? Desde que o mundo é mundo sempre houve pobres e ricos, e talvez isso nunca mude, talvez isso seja mesmo da natureza humana; isso de explorar os mais fracos, e temos apenas que lutar para não ficar para trás nessa concorrência pela vida que é a nossa relação com a nossa sociedade.
Talvez o amor nos dê uma boa resposta à todas as nossas perguntas, talvez ele venha para amenizar todo o sofrimento causado pela dor de existir, sim, dor de existir em um mundo que talvez não tenha sido feito para nós, mas que com o passar do tempo, nós, seres humanos, fomos dominando cada vez mais o espaço geográfico onde se vivi.

domingo, 15 de janeiro de 2012

poema do absurdo circunstancialismo humano ( Rogério Nunes)







Morri...
Os meus olhos perderam a luz,
O brilho,
O sonho,
A vida...
Num caminho sem futuro, nem regresso.
Da erva fresca onde descansei,
Restam hoje ervas daninhas.
Todas as flores que toquei, murcharam.
E o relógio da torre da igreja, lá continua na soma do tempo.
A cascata de água cristalina onde me banhei,
É agora uma torrente de lama,
Os pássaros pararam de cantar.
E o relógio da torre lá continua imparável...
Das mulheres que amei,
Restam pedaços de dor,
Sinfonias de corpos feridos,
Sem rumo nem destino.
E o relógio da torre continua impassível.
Morri...
Abençoada Providência, que ainda castiga os pecadores.
Subi ao cadafalso, no meio de uma multidão ululante de raiva,
De mim levaram apenas o silêncio...
Num último desejo, pensei...
Morram os ABENÇOADOS.
E os sinos tocam a compasso,
Marcando o fim de um tempo.
De três tempos,
Três notas,
Três sons,
Três letras,
Três suspiros,
Três angustias,
Três esgares,
Três enganos,
Três equívocos...
Uma mulher,
Uma sinfonia,
Uma sonata,
Um acorde,
Um despertar,
Um sorriso,
Um sonho.
Um mundo, tão grande como a minha janela,
De onde diviso o nevoeiro em que me perdi,
O mar onde me afoguei,
O pequeno barco que me levou ao mar alto,
Onde tudo é tão salgado como lágrimas,
Que marcaram este pedaço de pedra inerte,
Que a erosão corroeu, e o tempo desfez,
Resta apenas areia,
Onde ainda uma criança poderá brincar,
E desse modo entrar neste falecido,
Como oferta Divina de nunca ter sabido ser criança.
O relógio da torre parou,
O meu tempo acabou...
Nem os finados ouvi,
A minha alma perdeu-se,
Nem Deus nem o Diabo a encontrarão,
Até eles próprios a repudiam.


de Rogério Nunes

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

MEU QUARTO MEU MUNDO

Do meu quarto não vejo muita coisa, mas a maioria das vezes meu único campo de visão é o da minha varanda, ou da minha janela, é como se eu vivesse em uma prisão domiciliar, não que eu não possa sair, mas é que na realidade não tem para onde ir mesmo, tenho amigos, mas não temos o costume de sair para se divertir, então eu só uso minha maquina digital para bater fotos dentro do meu quarto, ou da varanda que fica em frente ao meu quarto. 
As vezes não está acontecendo nada na rua, mas hoje, excepcionalmente passou um caminhão carregado de coco, e eu achei interessante registrar esse evento.
As vezes eu fico me perguntando que utilidade tem o meu blog, porque vejo gente escrevendo sobre filmes, vejo gente escrevendo sobre games, as pessoas escrevem sobre os mais diversos assuntos, no meu caso eu não consigo me ater a um tema, na realidade o meu tema preferido sou eu mesmo, é do que posso falar com mais propriedade, gosto de cinema, gosto de literatura, gosto de música, mas não sou a pessoa certa para falar sobre esses temas, não tenho muita habilidade com as palavras para falar sobre essas coisas, é necessário pensar o que se está lendo, ouvindo, ou vendo, e muitas vezes tem-se que pensar de forma técnica sobre esses temas, e eu não tenho conhecimento técnico sobre eles, mas mesmo assim as vezes eu me arrisco a comentar um filme ou um livro.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

10/01/2012 07h30 - Atualizado em 10/01/2012 07h30 ‘Só pensei em salvá-la’, diz PM que matou pit bulls para resgatar criança Policial passava pelo local, quando ouviu os gritos da menina de dois anos. Ataque ocorreu nesta segunda (9), em uma casa, localizada em Cuiabá.

O policial militar de Cuiabá Rosicley Pereira dos Santos, de 33 anos, afirmou que a única forma encontrada para tentar salvar uma criança de dois anos de idade do ataque de pit bulls foi atirando contra os cães. Santos estava à paisana e foi quem invadiu a residência da menina no bairro Jardim Universitário, na capital, no momento em que ela era atacada por quatro cães.  “Eu ouvi os gritos quando passava pela rua e, ao entrar na casa, vi os cachorros mordendo a criança. Eu só pensei em salvá-la”, contou em entrevista ao G1, logo depois de enfrentar os pit bulls. A criança sofreu ferimentos graves.
O policial disse que também foi atacado por três dos cães quando foi até o quintal da casa. No entanto, ele estava armado com uma pistola de calibre ponto 40 e atirou contra os animais. “Eu atirei para evitar que me atacassem também. Os cães se assustaram, mas quando olhei ao meu lado vi o outro cachorro com a cabeça da menina na boca. Aí, abati o animal”, relatou, emocionado. O fato ocorreu por volta das 14h desta segunda.
Dois cães morreram na hora e outro tentou escapar, mas foi morto a alguns metros da residência, em um córrego. Já o quarto cachorro conseguiu escapar e foi encontrado ainda no bairro, embaixo de um veículo. Uma equipe do Centro de Controle Zoonoses da capital foi acionada e resgatou a cadela do local. Membros da instituição informaram ainda que é uma fêmea que está prenha.
A criança foi socorrida pelos paramédicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para o Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC). De acordo com informações do hospital, a criança foi internada em estado gravíssimo. Ela ficou muito machucada e os ataques foram principalmente no rosto, cabeça e braços.
“É uma situação lastimável. Foi muito desesperador quando comecei a ouvir os gritos e ver os moradores todos na rua desesperados”, frisou o policial. Ele contou ao G1 que mora no bairro há sete anos e que não conhece a família da menina.
Rosicley dos Santos também declarou que não sabia sobre os cães na residência e acredita “ter sido enviado por Deus” naquele momento para resgatar a garota. Na ocasião do ataque, a menina estava apenas com a babá na casa. Ela e o policial foram para a Central de Flagrantes, onde prestaram depoimento à Polícia Civil.

10/01/2012 13h13 - Atualizado em 10/01/2012 15h09 'Fiquei desesperada', diz babá que viu criança ser atacada por 4 pit bulls Babá trabalha há cinco meses na residência onde aconteceu o ataque. Criança está internada em estado grave em hospital particular de Cuiabá.

Muito abalada e assustada, a babá Edinéia da Conceição Carvalho, de 32 anos, afirmou ao G1 que presenciou uma cena considerada por ela a mais triste da sua vida e muito difícil de se esquecer. Ela é quem cuidava da menina de dois anos de idade, atacada nesta segunda-feira (9) por quatro pit bulls, em Cuiabá, em uma residência localizada no bairro Jardim Universitário.
“Eu fiquei desesperada quando a vi [criança] sendo mordida pelo cachorro. Foi algo terrível, mas fiz tudo o que podia na hora”, declarou. Edinéia contou que havia acabado de dar banho na menina que, em seguida, foi brincar na área da frente da casa. No entanto, o portão que divide a casa do quintal, onde estavam os cães soltos, não estaria bem trancado, segundo a babá.
A criança se aproximou do portão que acabou sendo aberto pelas patas dos cachorros. “Quando ouvi os gritos, sai correndo de dentro da casa e fui até lá na área. Quando cheguei, vi a menina sendo arrastada pelos cabelos por um dos cachorros, que é macho. Os outros três cães, que são fêmeas, até tentaram morder o cachorro que estava atacando. Aí ficaram todos aqueles cachorros em cima dela e fiquei completamente transtornada”, relatou a babá, em entrevista ao G1.
Edinéia contou que saiu pela rua gritando e pedindo socorro aos vizinhos. Foi no momento em que um policial militar à paisana passava pelo local e socorreu a criança. Ele entrou na casa e atirou contra os cães. Porém, as cenas, de acordo com Edinéia da Conceição são de terror.
Parte do couro cabeludo da menina ficou espalhado pela área da residência. Sangue e brinquedos espalhados também evidenciaram o que ocorreu no local, em poucos segundos. Ao G1, a babá contou que trabalha para a família da criança há cinco meses e que mora no bairro Dr. Fábio, na região do CPA. O expediente inicia às 13h e vai até o final da tarde.
Não foi culpa minha. Fui buscar ajuda para salvá-la"
Edinéia da Conceição, babá
A babá disse também que nunca teve contato com os cachorros porque eles ficavam nos fundos da residência e ela não tinha acesso ao local. “Sempre tive medo dos cães porque sabia que eles não me conheciam e poderiam me estranhar qualquer dia. Mas, até então, não tinha ocorrido nenhum ataque”, ressaltou.
Ela contou que chegou a perceber que o portão que separava os cães da parte da frente da casa não estava muito bem trancado. E que alertou o patrão uma vez sobre a situação.
Inconformada com o ocorrido, Edinéia garante que fez de tudo para tentar salvar a menina. “Não foi culpa minha. Eu tomei todos os cuidados e fui buscar ajuda para salvá-la porque os cães iam me morder também. Quero muito que ela sobreviva”, disse a babá, muito emocionada.
O fato ocorreu nesta segunda-feira (9), por volta das 14h. A babá foi encaminhada para a Central de Flagrantes da capital, onde prestou depoimento juntamente com o policial Rosicley Pereira dos Santos, de 33 anos, que resgatou a menina.
A criança foi socorrida pelos paramédicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para o Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC). De acordo com informações do hospital, a criança foi internada em estado gravíssimo. Ela ficou muito machucada e os ataques foram principalmente no rosto, cabeça e braços.
DefesaDois cães morreram na hora e outro tentou escapar, mas foi morto a alguns metros da residência, em um córrego. Já o quarto cachorro conseguiu escapar e foi encontrado ainda no bairro, embaixo de um veículo. Uma equipe do Centro de Controle Zoonoses da capital foi acionada e resgatou a cadela do local. Membros da instituição informaram ainda que é uma fêmea que está prenha.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Exame de Consciência


Imagens surgem a minha frente, fotografias antigas, velhas e amareladas, nelas vejo-me ainda jovem com um grupo de amigos da minha adolescência, aaah... Como era bom aquele tempo, só de me lembrar meu coração pulsa com uma nova vida. Lembro muito bem daquelas meninas na foto, namorei quase todas, eram anos felizes, todos nós palpitávamos de saúde, e agora, estou aqui um velho, com uma sacola cheia de desgostos, fracassos e ressentimentos, a carregar meu fardo até o dia em que nosso Senhor vier me libertar desse corpo de carne, deste corpo miserável.
Acho que me tornei um velho rabugento, não posso me gabar que saboreei a vida como acho que deveria, sempre fui um grande covarde diante da vida, nunca gostei muito de viver realmente, a não ser na época desta fotografia, aqui eu tinha vida e nem um pouco de remorso, nem de medo. Hoje em minha velhice qualquer menino me mete medo, basta um desses demoniozinhos gritarem comigo e já me calo com medo de represálias. Pensei que ao chegar nessa idade estaria pelo menos um pouco mais sábio, mas pelo que vejo a sabedoria não tem nada a ver com a idade, mas sim com a forma que cada pessoa encontra para viver a vida, os sábios sentem a vida viva dentro de si, sim, eles são uns afortunados aqueles malditos, passaram a vida toda gozando só porque, o diabo sabe, eles tinham uma visão diferente de mundo, pelo menos diferente da minha que não via nada além de tédio e sofrimento, nunca gostei muito de mim, e não sei porque Deus quis que eu vivesse tanto, acho que como castigo, para que sofra até o ultimo minuto dessa náusea que me dá ao ver as pessoas felizes, sim, esse é meu castigo, ver as pessoas felizes, vê-las amando sem poder amar.
A vida é assim mesmo, cheia de dor e sofrimento, tem lá suas alegrias e divertimentos, mas a maior parte do tempo é uma tremenda agonia. Não sei bem o que escrever aqui, mas imagino uma pessoa atrás de mim com uma arma apontada para a minha cabeça e meus familiares gritando dizendo para eu não olhar para trás e continuar escrevendo que logo tudo irá passar, eles tentando me poupar da agonia da morte, escrevo só para dizer que escrevo, mas não sai nada de bom, gosto de sentir a teclas nos meus dedos, gosto quando palavras surgem a minha frente traduzindo o que estou maquinando na cabeça, é o meu discurso sendo escrito no papel, ou na arena binária de caracteres de bits.
Corro, gosto desta palavra “corro”, corro desesperado, mas no entanto nunca mais corri para canto nenhum, estou quase sedentário, não pratico esportes, meu corpo é um receptáculo de veneno, alimento todos os meus radicais livres e faço deles os meus mascotes, nunca quis ter um cachorro, nunca quis ter um gato, um dia apanhei um na rua por pena de deixar o bichinho ali tão novinho e sozinho em plena calçada miando, o trouxe para casa, quase que minha avó não aceita e de lá para cá nunca mais faltou gato aqui em casa. Houve uma época que eu gostava de criar peixes ornamentais, houve uma época que eu gostava de criar preás, mas nunca quis criar um cachorro, não lembro se o Saddam fui eu quem quis trazer, mas nunca fui responsável por ele, um dia joguei todos os meus peixes no chão para morrerem por uma raiva que tive quando me mandaram limpar o aquário, de uns tempos para cá acho que estou mais humilde, mais humilhado também, talvez o que eu esteja escrevendo aqui não tenha muita coerência, mas está saindo como um pus de um tumor, aliviando a minha fome de se fazer ouvir nem que seja pelos meus próprios ouvidos, sei escrever e isso é um milagre, mas também sei que não sei escrever e que apenas jogo palavras no papel, escritas sem o menor cuidado, como se eu precisasse cuspir alguma coisa que esta entalada na minha goela, um nó na garganta.
Queria não sei o que, não sei se queria voltar para minha ex mulher ou se queria encontrar uma nova mulher jovem, sei que por enquanto estou dentro desse quarto e preso nesse corpo, não consigo flutuar, só sei reclamar densamente, não sei de nada, não tenho uma profissão aos trinta anos de idade, mas não quero pensar nisso, não quero ficar triste, não agüento isso por muito tempo, estou aqui no quarto ouvindo música e fumando cigarros esperando a hora de sair para o trabalho, trabalho esse em que já não acredito mais, mas que tenho que continuar indo, as coisas podem ficar sinistras se eu parar, se eu parar a cabeça não agüenta.
Às vezes minha vida toma caminhos que eu não sei ao certo aonde vão me levar, às vezes me sinto uma espécie de marionete que não tem o menor controle sobre os seus atos nem sobre o seu destino, às vezes me torno ridículo, às vezes me torno inconveniente, falo bobagens, me comporto de maneira estranha, às vezes alimento minha tristeza até não poder mais e quando estou quase ficando louco tento mudar de pensamento.
Não sei quem eu sou, só sei que ainda estou vivo, e que o meu futuro é tão incerto quanto o de qualquer ser vivo, não sei como vou sair das enrascadas em que vou me meter, não sei quem eu sou, não posso afirmar minha felicidade, às vezes sou feliz e muitas vezes sou muito infeliz, minha vida tomou um rumo que não era para ter tomado, tornei-me um homem fraco, e vou vivendo da minha fraqueza a cada dia que passa.
Não sou como a maioria dos homens, pois acho que a maioria dos homens tem um comportamento padrão. Dizem que todo mundo é diferente um do outro, isso pode até ser, mas ninguém vive bem sendo um estranho em meio aos outros, e apesar de muita gente me conhecer e de conhecer muita gente sinto-me um estranho, um homem de mau gosto, apesar de procurar estar consumindo sempre o melhor.
Sinto que perco a vergonha a cada dia que passa e isso não é bom, pois estou sempre disposto a me colocar em situações ridículas, e vejo essas oportunidades de me expor ao ridículo como meios de mostrar aos outros como sou verdadeiramente e tentar me curar através da verdade, “Só a verdade te libertará” pretendo encontrar uma vida nova através da verdade, e a única verdade que vejo são as verdades depreciativas, mas não quero me ver como um ser humano que tem suas potencialidades, talvez por fazer sempre escolhas piores que a dos outros, como se eu enxergasse vantagem na minha desvantagem, é como se eu preferisse a desvantagem.
Às vezes tenho a impressão que não existe pessoa mais idiota do que eu, agora não me perguntem por que me acho tão idiota porque não sei responder. Às vezes me considero um ser humano estranho aos outros seres humanos, mas isso tudo deve ser sintomas da minha doença, da adicção, ela me isola dos outros, me deixa triste e deprimido e o ideal é que eu vá para as reuniões. Mas eu sei que Deus é forte e ele vai me ajudar a superar minhas dificuldades, vai me dar animo, vai tirar minha vergonha de ser eu mesmo.
Gostaria de escrever algo inteligente, algum poema, ou alguma consideração sobre nossa vida cotidiana, mas estão roubando meus livros. 

O Quadro de meu pai.


Não, não fui eu quem pintou este quadro, foi meu pai, e este quadro vem me acompanhando desde minha mais tenra infância, muito já se especulou sobre os desenhos, o que significavam, para cada pessoa que via o quadro, a imaginação criava conceitos e histórias diferentes. Não sei se o quadro tem valor artístico, deve ter o seu valor, mais o maior valor dele é o sentimental, cada um de nós, filhos de meu pai já paramos em frente a esse quadro e demoradamente tentamos interpretar o que o nosso pai estava pensando quando pintou o quadro.

Plano REAL


Toda fotografia merece um comentario, um dizer, algo que lhe interprete nem que seja só do ponto de vista de quem escreve, ou de quem bateu a foto, o fato é que essa moeda estava aqui no meu quarto de bobeira, e me lembro bem da época em que saíram as primeiras moedas de real, elas valiam muito. Lembro-me que meu pai me dava algumas moedas de um real e eu conseguia fazer muita coisa devido ao seu valor que era muito alto, e meu pai não fazia idéia que aquelas moedinhas podiam comprar  tantas coisas. Eu passava horas jogando vedeogame com essas moedas, lanchava, tomava sorvete, iogurte natural e ainda voltava com algumas moedas para casa. Naquela época dez centavos dava para comprar uns quatro carioquinhas, cinquenta centavos dava para comprar um sanduiche com coca-cola, era mais ou menos assim que valiam essas moedas quando saiu o real. 
Todos nós ficamos muito otimistas com o fim da inflação, eu havia nascido na época da inflação e não conhecia outra realidade, na época da inflação a gente perguntava o preço de uma coisa num dia e no outro agente já levava uma grana a mais, pois sabia que havia aumentado de preço, era uma época em que criaram várias moedas, quase todo ano se trocava de moeda no Brasil, pois a cada ano a moeda que começara com um valor no fim do ano já não valia nada, era o tempo do cruzado, do cruzeiro, do cruzado novo, ainda tinha o Fernando Collor de Melo, Sarney, era o principio do Estado Democratico no Brasil. Sempre havia um plano economico para resolver o problema do Brasil, mas nada dava certo, até que o real veio e acabou de certa forma com o problema da inflação, hoje ainda temos inflação, mas nada comparado aquela época, é pelo menos temos que dar o credito ao Fernando Henrique Cardoso pelo plano real, sabemos que ele privatizou até a Amazonia, mas o plano real deu certo.

LEILA LOPES

A vida é uma coisa medonha, às vezes vai tudo bem, ai de uma hora para outra as coisas começam a dar errado, e nós parecemos não perceber quando isso acontece, e quando menos percebemos estamos tomando os caminhos errados, e somos tragados pelas forças da destruição, tudo isso é medonho, mas acontece na vida real, muitas vezes somos fracos, ou melhor, a maioria das vezes somos fracos, não sabemos o que nos aguarda mais na frente, em um futuro distante ou próximo, as vezes nos encontramos derrotados, e ai? O que fazemos? Esperamos respostas do mundo, mas as respostas não vem. Nada que está na meteria tangível é capaz de nos trazer bons ventos de novo, e no entanto dependemos tanto dela, e muitas vezes fazemos de tudo para conseguir o material, mas tudo nos é cobrado no final.
Quero falar aqui da atriz Leila Lopes, que suicidou-se há algum tempo atrás, ela era uma atriz, trabalhou em novelas, de repente as circunstancias a levaram a fazer filmes pornôs, coisa que não era o ramo dela, mas ela precisava de dinheiro para viver, e vendeu sua imagem para filmes de sexo explicito, eu não a conhecia, mas tenho a impressão por um desses filmes pornos que assisti que ela queria trazer arte aquele tipo de filme, ela queria ser uma atriz como era de verdade, mas não era possível naquelas condições, pois ali era só exploração de seu nome e de seu corpo, não sei o que ela deixou escrito em sua carta quando se matou, mas foram sete paginas a carta. Parece que ela sofria de síndrome do panico, segundo uma reportagem que vi na internet.
Quando soube da noticia fiquei muito triste, mas já não me pergunto o que leva uma pessoa a fazer o que ela fez, também não a culpo, e por que haveria de culpá-la, só porque determinada religião condena o suícidio, sim talvez o suícidio seja condenável, mas a pessoa, o ser humano que tira sua própria vida deve ser respeitado e tratado com compaixão, pois só a pessoa sabe o que passou para cometer um ato desses, ninguém pode julgar seu ato sem ter estado na pele dela.
Gostaria muito, e esse é o meu desejo, que ela fosse muito feliz em uma realidade mais aprazível para ela, se houver algo após a morte, e se não tiver nada a nos esperar após a morte, melhor ainda, pois não teremos mais como sofrer se nossa consciência for reduzida a nada.

O HOMEM REVOLTADO


O homem revoltado é o homem que diz não, e que ao mesmo tempo diz sim a ele mesmo. Diferentemente do homem do absurdo, ele não está divorciado do mundo, ele não pensa em morrer por uma suposta falta de sentido na vida, por uma falta de coerência que ele percebeu na realidade cotidiana. O homem revoltado está cansado, perdeu a paciência com o seu senhor e chegou ao limite, depois de tantas humilhações a ultima ordem de seu senhor é a gota d’água, e ele diz não para essa ordem sem importar-se com as consequências, ele quer ser livre, e para que isso se realize ele coloca até sua vida em jogo, é a liberdade ou a morte, sua liberdade está para além de sua vida, sua liberdade é o que distingue a vida como uma soma sucessiva de respirações por um longo tempo, ou uma vida repleta de jubilo mesmo que seja curta.
O homem revoltado diferentemente do homem do absurdo não fala só por ele mesmo, o homem do absurdo se vê sozinho ante sua vida e julga se vale ao não vale a pena viver, isso tudo por um sentimento subjetivo de que ele não pertence mais aquele mundo e que não há mais nada para extrair dele que valha a pena o sofrimento da vida. O homem revoltado traz para si no momento de sua revolta um valor, ele se torna um adversário das forças que o oprimem, quando ele diz não a essas forças ele diz um sim a si mesmo e sente no coração que agora é tudo ou nada, a liberdade ou a morte, mas como Camus disse, o homem revoltado diferentemente do homem do absurdo, não está sozinho em sua revolta, sua revolta é o sentimento de determinado grupo ao qual o homem revoltado faz parte, por isso sua revolta é possível, pois ela coloca em evidencia a injustiça na qual vivem seus pares dando força ao seu grito de revolta.
O autor de o homem revoltado fala de outro autor chamado Scheler que escreveu sobre o homem do ressentimento. O homem do ressentimento é aquele homem que guarda as magoas que tem dos outros dentro do coração, envenenando-se a si mesmo com seu próprio rancor. O que Camus quer deixar claro é que o homem revoltado também não pode se equiparar com o homem do ressentimento, pois este é repleto de sentimentos de inveja, de ódio, ele é individualista e em sua vida ele não tem outro objetivo do que prejudicar os outros, enquanto o homem revoltado não tem esses sentimentos de inveja, nem mesmo rancor ele sente pelo seu senhor, pois na medida em que ele se revolta, ele se coloca de igual para igual com a força que o oprime, mesmo ele sendo mais fraco, mas o que importa é que ele disse um não àquilo que já não era mais tolerado, ai está o seu valor, na coragem de dizer o não.


domingo, 8 de janeiro de 2012

Não há.


Não há desespero
Não há paixão
Não há amor
Não há angustia
Não há náusea
Não há medo
Não há ansiedade
Não há pânico
Não há dor
Não há absurdo
Não há carência
Não há saudade
Não há poesia
Não há arte.

Proibido Escrever


Minha mente está repleta de espaços vazios
Inteiros, nocivos e irrestritos, todos na minha mente.
Há um embotamento das ideias em constante movimento
Surge um temor da consciência alheia como se ela iluminasse minha escuridão
E das minhas trevas brotasse tudo o que há de mais estúpido em mim.
Alheio ao que se passa na televisão
Alienígena em um mundo de informação
Permaneço um paquiderme em meio à multidão
Um estrangeiro em sua própria terra
Sem esperança de voltar
Para algum lugar que lhe seja familiar
Para o seio materno, quem dera!
Ando, leio, finjo que entendo
Mas todo conhecimento às vezes me parece uma ilusão
Fogos fátuos, objetos voláteis que tentamos guardar.
Mas que nos escapa das mãos como areia fina
Sou feliz quando esqueço quem sou
Quando me perco em um mundo gracioso bonito
Cheio de esperança e jubilo
E de repente acredito que posso tudo
E que tudo é feito para mim.


sábado, 7 de janeiro de 2012

Parada de Ônibus da Jovita Feitosa

Essa é a parada de ônibus em que eu pego minha condução desde tempos imemoriais, resolvi registrá-la nessa foto pois eu sempre acho que coisas comuns vistas de outra pespectiva dão uma certa dimensão estética que não aparece vendo o objeto na realidade de seu contexto.