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sábado, 31 de março de 2012

GRADES SOBRE TRILHOS

Esse é um momento que ficou no passado, a câmera que usei para bater esta foto ainda não era digital. Nesse dia ia para um lugar legal, com uma pessoa especial, pelo menos era especial para mim, pelo menos eu acho que era, com certeza ela era, mas não sei se dei o devido valor a essa pessoa, no fim das contas ninguém tem culpa a não ser a vida que deu inicio a isso tudo. 

quinta-feira, 29 de março de 2012

O VENTILADOR



Não consigo escrever nada interessante, mas como já disse aqui continuo escrevendo, bom ou ruim continuo escrevendo, não tenho talento, não tenho muita inteligência, mas não tenho também muitas opções, dificilmente escreverei alguma coisa de valor, por isso vou escrevendo palavras que nada valem, só para me distrair, só para fazer algo que se pareça com o que eu vejo nos livros, mas o que vejo nos livros é algo muito superior. Essa foto do ventilador é legitima, é a foto do meu ventilador, sei que também não vale nada, mas é de autoria minha, dizem que para ser arte tem que ser belo, mas também dizem que a beleza está nos olhos de quem vê. Por isso vou tentando fazer do jeito que eu sei fazer sem me importar com os resultados.

O DUPLO


O Duplo, a outra parte de mim mesmo, aquela parte que eu não quero ver, mas que existe e persiste e corrói a minha consciência como se fosse um verme da mente. Ele muitas vezes está contra mim, é a minha contraparte, é através dele que eu saio muitas vezes do meu tédio e me arrisco em aventuras fora do cotidiano, mas quando caio na real, vejo que estou ficando louco, ou pior, não dá pra ver quando se está ficando louco, tudo parece real, todas aquelas ilusões e alucinações que povoam a minha mente.
Dentro de minha insignificância o meu duplo é o grande astro do momento, ele é bonito, forte, ele é um sucesso. 

sexta-feira, 23 de março de 2012



Bem esse é meu quarto, o lugar onde me escondo de noite, é ai que leio meus livros, que escuto minhas músicas, que entro na internet e escrevo nesse blog, é ai onde recebo meus amigos, é ai onde tenho minhas crises existenciais ou melhor meus "probrema nos neuvo", acho que ultimamente só tenho tirado fotos do meu quarto, da bagunça do meu quarto, essa bagunça reflete um pouco a minha vida, e acho que estou tentando botar ordem na minha vida.
As vezes faço uns vídeos nos quais eu fico falando com a câmera sobre coisas da minha vida, estou sempre me colocando no centro de tudo. Eu não deveria estar falando de mim, mas é que as vezes não consigo resistir, sou meio doente.
Sabe Deus de onde estou tirando forças para viver um dia de cada vez, mas continuo mantendo a cabeça erguida apesar de tudo, dando um paço atrás do outro vou seguindo em frente tentando não me preocupar com o que há por vir.




quarta-feira, 21 de março de 2012

Ler é muito bom principalmente se for Dostoiévsky.



Estou em casa e não tenho vontade de sair, o mundo lá fora parece-me sem atrativos, não há espaço para mim lá fora. Aqui dentro de meu quarto tenho acesso a quase tudo o que preciso, sou um solitário circunstancial, me apego a esse computador como se fosse minha porta de entrada para o mundo, o mundo que não tenho acesso na realidade, pois a realidade sempre me parece plastificada, como se estivesse envolvida naqueles plásticos que envolvem alimentos e não tenho forças ou vontade de rasgar esse plastico. Estou lendo um livro chamado O Duplo do Dostoiévsky, sou fá desse autor, ele consegue nos envolver com os problemas e dissabores dos personagens e faz uma critica cruel a chamada alta sociedade, a sociedade dos homens de ação, aqueles homens que estão por cima da carne seca e que olham os outros que não fazem parte de sua classe com desprezo e desdém, olham a miséria do povo como se não tivessem nada a ver com isso, e se enclausuram em seus castelos de cristal para experimentar só o que é belo e sublime.
Acho que Dostoiévsky voltou seu olhar para essas pessoas que são proscritas da sociedade e que tentam com toda a dignidade ou não manter-se vivos em um mundo hostil, em que são submetidos a todo tipo de provas e intempéries que levam o homem a muitas vezes não suportar toda a tensão psicológica que cai sobre si.
Não sei se estou fazendo um retrato direito de Dostoiévsky e sua literatura, mas o que pude entender é que ele mostra o homem em vários aspectos psicológicos, o que quero dizer com isso? Que ele faz um retrato de determinado tipo de pessoa e coloca nesse retrato alguma peculiaridade, algum vicio, alguma doença, alguma fraqueza, e descreve os comportamentos dos personagens em seus mínimos detalhes, todos os pensamentos ignóbeis, suas atitudes ignóbeis, ou suas atitudes virtuosas e dignas de louvor mas que não são compreendidas pelas pessoas ao redor. Ele escreve muito bem, pelo menos Paulo Bezerra e os tradutores da editora 34 escrevem muito bem, não tenho como comparar com o original, mas a essência fica toda preservada nas traduções.
Mas o que é que estou fazendo comecei falar de mim, coisa que não fazia faz tempo e de súbito começo a falar de Dostoiévsky, é que sou muito fã dele mesmo, não sou nenhum estudioso ou critico de literatura, mas acho que os assuntos que ele aborda são de extrema importância, pelo menos para mim, acho me torno cada vez mais humano quando leio sua literatura.
As vezes estou cansado de tudo e não quero fazer nada, mas as vezes estou bem. Não gostaria de fazer desse blog um diário intimo, não seria conveniente, gostaria apenas de usá-lo como forma de expressar o que me vem na cabeça, sem que para isso eu tenha que me comprometer com nada... mas o que estou dizendo, tudo o que você escreve e coloca o seu nome lá, você já esta sendo comprometido.
Acho que vou ficando por aqui, não quero me estender muito nesse assunto supérfluo que acabo de escrever, mas agradeço os que tiveram paciência para ler.

segunda-feira, 19 de março de 2012

A INVENÇÃO DE HUGO CABRET




Na verdade tenho ouvido falar muito de propósito esses dias, tenho ouvido falar que cada um de nós tem que ter o seu propósito na vida, eu ouvi isso em um filme de Martin Scorsese  chamado A invenção de Hugo Cabret, ele diz que enxerga o mundo e todas as coisas que estão nele como uma grande maquina, e que toda maquina é criada para um propósito, ele diz que quando uma maquina não cumpri com seu propósito é porque a maquina está quebrada. Na realidade isso é uma bela analogia para dizer para nós seres humanos que todos nós nascemos com um  propósito e que quando não estamos nesse propósito é porque estamos em mal funcionamento. Essa foi uma das partes que me chamaram a atenção no filme de Scorsese, é a grande filosofia do filme.
No que tange a produção do filme em si, é de uma beleza fenomenal, é um filme terno, sensível, um filme que captura sonhos como diz o próprio Meliés personagem do filme, eu me imagino assistindo esse filme quando tinha meus dez anos de idade, seria uma coisa parecida quando assisti Minha Vida de Cachorro de Lasse Hallström. Eu com certeza teria uma identificação com o personagem Hugo Cabret, assim como tive do personagem mirim de Minha Vida de Cachorro, não que eu tivesse passando pela mesma situação, mas é que quando crianças nos comovemos e sonhamos junto com o filme que trata do mundo de uma criança.