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domingo, 20 de maio de 2012

Fui moído, triturado e colocado dentro de um liquidificador e agora estou aqui escrevendo, é sempre assim toda semana, esse mesmo expediente, morrer e renascer; agora pesou, morte não é palavra para se falar assim a toa, e renascer sempre é uma palavra mas benfazeja, que agrada mais a consciência. Nesse exato momento ouço Chico Buarque, não vou dizer que ele é o meu músico predileto, sei que é renomado e reconheço sua magnifica capacidade de jogar com as palavras e usar a língua, mas conheço outros nomes da MPB que me fazem muitas vezes viajar em suas letras, como Geraldo Azevedo, Zé Ramalho. Em minha adolescência escutei muito Geraldo Azevedo e Zé Ramalho, acho que por isso eu era tão romântico, eh... eu era muito romântico, as vezes sofria por amor, mas o que é que eu estou dizendo, até hoje sofro por amor, mas não pelas mesmas pessoas, tempo bom a adolescência, é o tempo que agente tem para errar, para enlouquecer, e eu enlouqueci tanto que estou louco até hoje.
Quando tento sair da esfera do meu eu, canso-me só de tentar olhar ao redor, não consigo descrever as margens da minha existência, egocentrismo puro? me pergunto. Talvez não, pode ser que seja apenas os movimentos de uma visão limitada, que não consegue alcançar ao longe e nem sequer o perto, talvez seja uma questão de abordagem, a comunicação com o real existente ao seu redor é imediata não dá tempo para julgar o que se está percebendo, obtém-se sucesso muitas vezes por vias neutras e isoladas onde apenas uma voz pode quebrar o gelo e tornar tudo mais agradável, mas nem sempre é assim, é preciso uma válvula de escape para se poder viver ou sobreviver a essa realidade, por isso gosto mais de olhar para dentro de mim, tentando resolver meus próprios problemas o que não maioria das vezes não dá certo, não consigo falar dessa xícara que esta na minha frente, não consigo falar dos meus amigos nem tenho interesse em falar deles.

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