Acordo pela manhã e na cama ao meu lado, vejo uma bela
mulher, que não é a minha, deitada de costas para mim, sinto-me feliz por isso,
levanto antes de todos vendo o sol entrar pelas janelas de vidro da nossa casa
de praia que nos proporciona uma linda visão do mar, nossa casa é grande e tem
vários quartos, gosto da nossa casa de praia, as crianças ficaram na casa dos
avós, sou casado com uma mulher de fazer inveja a muita gente, eu gosto de
usá-la nos bacanais, sinto enorme prazer em ver minha mulher me traindo, digo
traindo mas sem razão nem remorso pois é tudo consentido, gosto de vê-la sentir
prazer e gosto de me humilhar, de ser chamado de corno do pinto pequeno,
estranho não? Gosto disso e não sei explicar porque, enquanto isso ela trepa
com vários machos na minha frente, eu me masturbo freneticamente até gozar.
Somos ricos e não temos religião, apenas cultivamos uma espiritualidade baseada
no amor mútuo, nós nos bastamos, nunca brigamos, quando por acaso ela se irrita
comigo ela pega o carro sai e volta uma semana depois, bronzeada e mais bonita
do que nunca, eu aproveito esse tempo que ela passa fora para escrever algo,
ler alguma coisa que me interesse, levar as crianças no parque, no shopping,
gosto de ver meus filhos felizes, gosto quando chego em casa e eles correm para
mim gritando papai, sinto-me realmente o homem mais rico do mundo com essas
crianças.
Minha mulher é uma morena da pele bem clarinha, gosta muito
de academia, mantêm o corpo sempre atraente para os seus amantes, e para mim
também ora bolas, por que não haveria de ser para mim, ela me ama. Quando a
conheci ela já tinha posses, era de uma família muito rica do sul do Brasil,
por isso ela não podia casar comigo por interesse financeiro, pois eu tinha
menos grana do que ela na época, hoje aos trinta anos ela é uma mulher curvilínea
com coxas bem torneadas e um bumbum bem trabalhado, gostosa mesmo, tem uma
tatuagem que pega metade de seu corpo, um dragão chinês muito bonito e em seu
corpo então, quando está de biquine, chama muito a atenção. Sito-me muito bem
com tudo isso, não tenho ciúmes, não sou desses que acha que a mulher que vive
com ele é de sua propriedade, quero que ela seja livre, no dia em que ela
quiser ir embora não terei dificuldades em partir para outra, para mim mulher é
tudo igual, é só saber ensinar; no entanto tem que ser bonita e ter cérebro, só
quero que ela não leve meus filhos para longe de mim. Eu dou aula de filosofia
na Universidade Federal do Ceará, ainda sou jovem com meus quarenta e dois
anos, não tenho vícios, faço tudo com moderação, fumo um baseadosinho aqui e
acolá, e gosto de um bom vinho, mas sempre acompanhado de uma boa refeição ou
de um papo legal e divertido, gosto de andar de bicicleta, pedalo uns 50Km por
dia e pratico natação pela tarde, estou satisfeito com o meu corpo, meu pênis
também não é tão pequeno, acredito que ela usa isso mais como força de
expressão para tornar a situação mais humilhante para mim, meu pênis mede 14cm
ereto e 5cm flácido, mas não sei por que me demorar nesses pormenores, o
importante é que na hora da ação ele está sempre disposto a brincar seja com
quem for, sou branco dos cabelos negros, lisos e curtos, dentes brancos, mas
não me julgue pelos dentes como se eu fosse um cavalo, tenho três livros
publicados, “Violência o avesso do amor”, “Violência o sal do amor”,” O
Conceito de Violência”, são três livros que se complementam e que foram muito
bem aceitos pelo publico, todo mundo gosta de um pouco de violência. Eu não sou
um cara violento, nunca cheguei a brigar na minha vida, mas tenho fascinação
por violência, a forma como ela chega à vida das pessoas e invade, destrói,
despedaça, transgride, rompe, desnorteia, mata, aleija; a violência é uma força
que vai contra alguma coisa, às vezes sem razão e sem direção, nem sempre a violência
produz o mal, muitas vezes ela salva vidas, ela impede um mal, muitas vezes ela
da sentido a nossas vidas, posso parecer louco, mas às vezes é a violência de um
choque elétrico que trás o cardíaco de volta a vida, há milhares de pessoas no
mundo que sentem prazer em serem tratadas com violência, claro que uma violência
dentro de certos limites e certas regras, mas que não deixa de ser violência.
Não sei o que queria dizer quando comecei esse texto, talvez
quisesse só bater um papo comigo mesmo, comecei por falar das festinhas que eu
e minha mulher participamos e como isso é natural para mim, a verdade é que amo
minha mulher, e outra verdade é que menti quando disse que tinha filhos, não os
tenho, mas me pareceu espirituoso colocar aqui, minha esposa, esta sim é muito
bonita, mas é pobre, conheci ela fazendo programa em uma boate, lhe propus casamento,
disse que daria de tudo a ela e uma casa, ela aceitou, também menti quando
disse que era um atleta, tenho 42 anos sim, mas com uma protuberante barriga,
fumo dois maços de cigarro por dia, sou alcoólatra, e disse que fumava maconha
só para parecer descolado, sou um desocupado, e é verdade que ela me trai sim
com uns garotões mal encarados que ela arranja por ai, mais de uma vez ela
trouxe essa gente pra cá e eles me assaltam dentro de minha casa, ela fica
rindo e diz que é para mim deixar de ser besta, tenho vontade de espancá-la,
mas o cafetão dela disse que se acontecer algo ao rostinho bonito dela ele
abriria minha barriga em duas, tenho medo, e hoje toda vez que vou transar com
ela tenho que pagar pelo sexo, já tentei transar com outras garotas de
programa, mas meu pênis não levanta, ela é a única que consegue fazer levantar.
Não sei o que tinha na cabeça quando resolvi casar com essa mulher, passei uma
casa que tinha para o seu nome e agora ela transformou num cabaré, tem vez que
ela não quer deixar eu entrar, e só depois que o macho que tá com ela sai ela
permite que eu entre, mas ainda sou apaixonado por ela, ela é uma beleza e
quanto mais ela me trata mal, mais apaixonado eu fico.
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