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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A SOLIDÃO É O FIM DO MUNDO

As horas passam a uma velocidade vertiginosa, não tenho muito tempo, passei a correr contra o tempo, tudo está resumido a acompanhar o mecanismo, todos os meus movimentos estão cronometrados, hora de sair, hora de chegar, hora de dormir, hora de almoçar, tudo em um ritmo alucinante.
Quero ver quando a onda vier! Quero ver quando o mundo explodir! teremos tempo para que? Para nos despedir? para chorar o tempo perdido? para nos desesperar ante a destruição iminente? Ficaremos paralisados vendo a força desproporcional que avança contra nós, seremos como formigas no ralo de uma pia e nossas vidas, nossas experiências se resumirão aqueles últimos segundos que passaremos tentando sobreviver. Talvez, ou para ser mais exato, com certeza não conseguiremos salvar nossos entes mais queridos, pois não conseguiremos salvar a nós próprios.
- O que? Agora estás a falar do fim do mundo? Do fim dos tempos? Tu só sabes falar dessas bobagens apocalipticas. Queria ver tu entoar uma canção, uma ode ao presente, aos momentos que vivenciamos no dia a dia, as coisas que fazemos para tentarmos ser felizes, porque o homem nasceu para querer ser feliz, até mesmo quando é infeliz, instintivamente ele vai atrás de sua felicidade nem que seja o suícidio, como já disse o filósofo, pois o homem que se suicida também quer ser feliz. 
- Paremos de falar em suícidio, falemos do amor, há carinho no mundo nos cantos mais improváveis, é certo que muitos de nós vivemos em uma eterna carência, muitas vezes não temos ninguém para amar, falando de mim, isso me deixa louco, não consigo viver só, tenho que ter um ser humano por perto para abraçar, mas na maioria das vezes não tenho e a vida perde o gosto.
- Por que falar de tuas mazelas agora, só para emporcalhar todo o texto, falemos da grande estrela cadente que vem para fulminar a todos nós em fogo escarlate, haverá chamas até no mar, a crosta terrestre será reduzida a uma fina camada de cinzas, montanhas derreterão, a atmosfera se dispersará pelo espaço e nem as baratas escaparão

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