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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Enchendo Linguiça

Hoje a tarde está quente, o sol já começa a se por na cidade de fortaleza, como sempre as pessoas estão excitadas apesar de ser uma sexta feira santa, todos ou quase todos se embebedam com o vinho que é vendido nas mercearias, adolescentes curtem a vida como se não houvesse amanhã, e na realidade não há, pois o amanhã é apenas o medo que nos consome a alma, que já anda pesada e cansada dessa sequencia de dias que parece não ter fim. Eu permaneço aqui do meu quarto imaginando tudo isso e não faço ideia como pode ser divertido viver, ou talvez a maioria das pessoas esteja sofrendo como é de praxe, a vida se torna insossa e sem graça.
Preciso mudar o rumo dessa história, não posso deixá-la cair no pessimismo habitual de quem está escrevendo, é preciso escrever algo de positivo, de objetivo, alguma coisa com começo meio e fim, é assim que se deve escrever, com objetivos, deve-se escrever para prender a atenção do leitor, pois o objetivo de quem escreve é ser lido, ser apreciado, ter seu texto julgado por uma mesa de letrados que vão observar cada erro de ortografia, cada erro de concordância, ou a própria falta de sentido do texto. Mas no momento não estou ligando para isso, no momento não estou ligando para nada, ou estou, não sei, o fato é que Franz Kafka escreveu muito durante a sua vida e pediu para queimar a sua obra quando estava prestes a morrer, ele não publicou nada em vida, vou escrever como se ninguém fosse ler, assim escrevo melhor, assim deve ter pensado ele.
O sol já se pôs, já são 18:00h, as pessoas começam a se preparar para sair de casa. Era tão bom quando não tinha tempo para escrever, era tão bom quando passava o dia na rua brincando, me divertindo, hoje eu fico mofando aqui dentro e não tenho vontade de sair, acho que vou tomar um banho e vou ficar dentro de casa e nada vai mudar, a morte não virá me visitar, a morte, ser tenebroso que dá fim a tudo que é vivo, quando virá me buscar e me livrar dessa existência, onde me tornei o mais fraco dos homens, ou pelo menos o mais exagerado, que remédio tomar contra a infelicidade e o que fazer do homem infeliz, aquele que em qualquer circunstancia está infeliz, o homem que pragueja, que murmura, que não sabe viver com os outros e nem consigo mesmo.
Tudo isso são só palavras que eu tiro da minha cabeça, sei que não sou muito criativo e também no momento não me interessa criar uma história com começo, meio e fim, não consigo fazer nada de belo e nem me expressar direito eu consigo, tirei uma nota medíocre em redação no ultimo Enem, não consegui passar em uma seleção para técnico em eletrotécnica e o teste era uma redação, eu sempre pensei que sabia escrever, mas na realidade não sei, só sei encher linguiça, é isso o que estou fazendo agora.

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