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sábado, 21 de janeiro de 2012

DIVAGAÇÕES FÚTEIS

As portas do mundo se abriram, elas estão abertas há muito tempo, só que não havíamos notado, e o tempo passou sem que fizéssemos nada para conquistar o nosso espaço, mas hoje na idade da razão acordamos de um sono profundo e queremos recuperar o tempo perdido, pois ainda há tempo para nos recuperarmos.
A realidade desse mundo é muito escrota, não temos uma visão geral do que acontece no mundo, assistimos as noticias que surgem a nossa frente, noticias de assassinatos, de catástrofes naturais, de políticos ladrões que não fazem nada pelo povo além de roubá-lo, ficamos sabendo disso tudo pelos jornais, mas ali bem próximo a sua casa há uma criança de treze anos se prostituindo por uma pedra de crack, ali bem próximo a sua casa tem um homem que vive numa casa em ruínas pedindo pelo amor de Deus que lhe tirem da situação desesperadora em que se encontra, mas, no entanto, ele está só, não em seu sofrimento, mas em seu problema particular. Acho que não deixaremos de ser ignorantes até que percebamos isso que acontece com nossos semelhantes, e digo mais, não deixaremos de ser pessoas ignorantes enquanto ignorarmos as necessidades do próximo. Não podemos esperar que a ajuda venha de cima, quero dizer, que venha dos poderosos, dos donos da situação, pois para eles o interessante é que o povo permaneça na miséria para que não tenha como lutar por seus direitos, pois na miséria também não há educação. E no meio disso tudo ficamos nós da classe C, almejando chegar à classe B, e tentando esquecer da classe D, queremos nos ver bem distantes da miséria, somos pobres que temos aversão à pobres, é como se não houvesse capacidade de comunicação entre as classes sociais; ricos, pobres, classe média, miseráveis, classe média alta, classe média baixa, nossa sociedade está dividida assim, mas não devemos esquecer que a maior parte da população está na miséria e na pobreza.
Mas porque começamos a falar disso? Desde que o mundo é mundo sempre houve pobres e ricos, e talvez isso nunca mude, talvez isso seja mesmo da natureza humana; isso de explorar os mais fracos, e temos apenas que lutar para não ficar para trás nessa concorrência pela vida que é a nossa relação com a nossa sociedade.
Talvez o amor nos dê uma boa resposta à todas as nossas perguntas, talvez ele venha para amenizar todo o sofrimento causado pela dor de existir, sim, dor de existir em um mundo que talvez não tenha sido feito para nós, mas que com o passar do tempo, nós, seres humanos, fomos dominando cada vez mais o espaço geográfico onde se vivi.

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